quinta-feira, 13 de outubro de 2011

13/10/1912

     Por volta das 13h, o governador do Paraná, Carlos Cavalcante, chama o comandadante da Polícia Militar paranaense para uma reunião. A decisão já estava tomada: o pernambucano João Gualberto Gomes de Sá Filho levaria seus soldados até os campos de Palmas para combater um magote de sertanejos catarinenses, tidos por fanáticos, liderados por José Maria, apelidado de monge. Às 19h do mesmo dia, o coronel Gualberto encabeçava a marcha na direção de Palmas. Mais tarde o general Setembrino de Carvalho, que comandou o exército na Guerra do Contestado referiu-se assim ao deslocamento do contigente paranaense: "a marcha se fez como se faz sempre entre nós: algumas centenas de homens embarcando precipitadamente para o sofrimento e para a derrota".
         

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

07/10 no Contestado

     Nesse dia, o general Fernando Setembrino de Carvalho organizou as forças militares que atacariam os revoltosos do sertão catarinense. Dividiu as tropas em quatro colunas para fazer um cerco ao Vale de santa Maria e forçar a rendição dos sertanejos pela fome.

Coluna Norte: Sediada em Canoinhas, tinha por comandante o tenente-coronel Manoel Onofre Muniz Ribeiro. 
Coluna  Leste: Sediada em Rio Negro, era comandada pelo coronel Júlio César Gomes da Silva.
Coluna Oeste: Sediada em União da Vitória, tinha no comando o coronel Eduardo Artur Sócrates.
Coluna Sul: Com sede em Curitibanos, era comandada pelo tenete-coronel Francisco Raul Estilac Leal. 

O plano de Setembrino lograria êxito. Achando que estavam em um lugar inexpugnável, as forças sertanejas foram isoladas em Santa Maria. Sem ter como sair, levando chumbo de todos os lados, sucumbiram pela fome e pela doença.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

06 de outubro na história do Contestado

     No dia 06/10/1900, Santa Catarina apresentou ao Supremo Tribunal Federal uma exposição histórico-jurídica sobre a questão de limites com o Paraná. Elaborado pelo conselheiro Manoel da Silva Mafra, o documento foi replicado pelo Paraná por meio da ação originária de reinvindicação impetrada pelo conselheiro paranaense Joaquim da Costa Barradas. O duelo seria vencido pelos catarinenses, que passariam a administrar um território com características completamente alheias às suas. "Arrisco dizer que, de cada dez pessoas aqui de Canoinhas, sete se consideram paranaenses", afirmou o historiador Fernando Tokarski no mês passado, quando visitei a cidade que um dia pertenceu ao Paraná.

Fonte: Cronografia do Contestado - Fernando Tokarski.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Parabéns, Vicente Telles

     Foi no dia 5 de outubro de 1931 que ele nasceu, no município de Palmas/PR. Filho de Heleodoro Telles da Rocha e Isabel Olímpia da Silva, Vicente Telles radicou-se no Irani e é hoje o folclorista brasileiro mais envolvido no tema Guerra do Contestado. Foi ele quem fundou, lá na beira da BR-153, três quilômetros depois dessa cruzar a BR-470, o Museu Histórico do Contestado. Duvido que o estabelecimento não seja o lugar do Irani mais comentado e divulgado no mundo. Entusiasmado, Vicente foi o cara que despertou no ex-governador Esperidião Amim o interesse pela divulgação do Contestado. Amim encampou a ideia e, com a ajuda de historiadores catarinenses, mandou que fossem colocados marcos em ardósia nos locais onde ocorreram os principais combates da guerra que massacrou tantos brasileiros no sertão catarinense entre os anos 1912 e 1916. Parabéns, Vicente Telles. Tivesse cada Estado do Brasil um cidadão como você, nossa história teria muito mais brilho, muito mais cor, muito mais viço. Felicidades, amigo velho.
(fonte: Cronografia do Contestado - Fernando Tokarski)